sábado, 6 de agosto de 2011

[RESENHA] A Pirâmide Vermelha

"A pirâmide vermelha" conta a história de dois irmãos que vivem separados desde que sua mãe morreu misteriosamente. Carter Kane passara anos de sua vida sem frequentar escola, e sem ter amigos, apenas viajando com seu pai: Julius Kane, um famoso egiptólogo. Tudo o que sua irmã queria, Carter tinha: o convívio com o pai. Já Sadie Kane sempre viveu em Londres com seus avós, e tinha tudo o que o irmão sonhava: Escola, casa e amigos. Durante anos e mais anos, os filhos do Dr. Julius só se encontravam uma vez por ano. Até que algo inesperado acontece. Algo que muda o rumo de suas vidas! Quando seu pai resolve leva-los até o British Museum, eles presenciam uma explosão magnífica, que provoca o desaparecimento de Julius. Desolados, ambos ainda descobrem algo ainda mais assustador: Os deuses Egípcios estão despertando!

Nesse primeiro livro das Crônicas dos Kane, Rick Riordan resolveu manter a fórmula de Percy Jackson e os Olimpianos: narração em primeira pessoa, e forte presença de elementos mitológicos. Tudo que fez de Percy, o semideus mais famoso do mundo literário. No entanto, "A pirâmide vermelha" tem algo evita que os livros de Riordan caiam na monotonia. Mitologia Egípcia. Muito menos conhecida que a grega, ela faz com que o livro se torne muito mais intrigante, pois seus leitores estarão sempre com uma motivação a mais, que é conhecer melhor a história egípcia. Bela ideia do autor.

O livro começa levantando grandes mistérios, como a morte de Julius, o que ele queria fazer com a Pedra de Roseta, porque os deuses do Egito estão despertando, o que Set, o mais perigoso deles prentende fazer, e o mais importante: O que a família de Carter e Sadie tem haver com tais acontecimentos. Cada um desses questionamentos vai sendo esclarecido ao longo do livro.

Um ponto interessante, é que dessa vez o Rick Riordan conciliou muito bem momentos de mais diálogos e mistérios, com momentos de mais intensidade, como em lutas e perseguições mágicas, algo que pouco existiu em Percy Jackson, que era praticamente feito de momentos de mais aventura e ação. No entanto, para os fãs que pensarem que o livro vai perder em emoção, não se enganem, pois o autor cativa de uma forma quase que perfeita quando foca a história em diálogos. Isso pode ser facilmente percebido quando o "Ba" de Carter ou Sadie saem para dar uma "voltinha". Esses trechos sempre terminam deixando quem lê o livro com grandes expectativas, coisas do tipo, "o que será que vai acontecer agora?", "será que isso é verdade?". Outro ponto positivo é que apesar da narração ser em primeira pessoa, tem-se sempre duas visões, dois panoramas da narração, já que a cada dois capítulos troca-se de narrador, alternando entre Carter e Sadie. Assim, a leitura fica muito mais divertida e dinâmica , ora com o jeito mais descontraído do primeiro de narrar, ora com o jeito  mais sentimental da segunda de narrar.

Porém, não tem como não ressaltar que a velha imaturidade de escrever de Riordan ainda assola seus livros. Tais como xingamentos bobos, brincadeirinhas ridículas por parte dos irmãos, tudo o que acontecia em sua primeira série. Ainda vale lembrar que apesar da leitura ter ficado melhor com dois narradores, em terceira pessoa seria bem melhor. É uma pena, pois com a correção desses dois elementos, o livro ficaria perfeito.
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