sexta-feira, 27 de abril de 2012

#Dissertando: erros de português


É de conhecimento de todos a relação injusta que se estabeleceu entre os blogs e as editoras. Mas esse pequeno universo literário-virtual possui diversos outros defeitos que destroem aquela bela imagem ("lindos jovens debatendo sobre livros numa época na qual a juventude só quer saber de videogames") que vem à cabeça quando se fala em blogosfera literária. Realmente, a teoria é maravilhosa, e a prática também seria, se o que contasse fosse apenas a quantidade de leitura, afinal o que se ganha de livros sendo blogueiro não é pouco. Entretanto, esses jovens estão errando feio no quesito "blogar". Além das parcerias com editoras, existem outros fatores que contribuem para deixar essa blogosfera um saco. Por exemplo, erros de português.


Ler é a melhor forma de aumentar o vocabulário
e melhorar a escrita. Teoricamente?
Chega a ser contraditório, não? Logo as pessoas que se dedicam a comentar livros, que amam as palavras, que adoram ler. Infelizmente isso acontece, e bastante. Não é difícil encontrar alguns absurdos ortográficos enquanto se navega pelos blogs literários e suas postagens homogêneas. Não preciso citar exemplos, mas se você quiser ver alguns e dar umas risadas, você pode visitar o Vergonha Literária  que se encarrega de expor e criticar esses erros. Na verdade todos os blogs deveriam se preocupar com o português, porém os literários deveriam ser exemplo já que se propõe a discutir sobre livros, ou seja, estão intimamente ligados às palavras. O que pensar de um indivíduo que gosta de ler, que às vezes lê centenas de livros por ano, e consegue cometer erros gritantes como "des de"? 


Não que esse tipo de equívoco seja intolerável e que um blog ideal não o tenha. Deslizes todos cometem, aqui mesmo já cometi vários , principalmente no início, mas agora tenho um cuidado enorme e chego a fazer 3, 4, até 5 revisões nos textos das postagens antes de publicá-las. Porém, de vez em quando, um equívoco ou outro escapa e isso, com certeza, é compreensível. Por outro lado, fica claro que o blogueiro não tem esse cuidado quando os erros gramaticais e ortográficos são recorrentes. 


Não só por perfeccionismo, é interessante ser cuidadoso com o português já que a qualidade do texto é um elemento que pode pesar na hora de atrair leitores. Um texto mal escrito pode ser difícil de entender e, por consequência, afastar visitantes. Um pouco mais de cuidado e atenção antes de publicar as postagens não custa nada e torna o blog mais agradável de ser lido. Muitos blogueiros literários por aí deveriam pensar nisso...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

#Dissertando Adaptações Cinematográficas


Esse promete!
É cada vez mais comum livros YA serem adaptados para o cinema. Sim, porque a literatura juvenil está, cada vez mais, ganhando espaço nas livrarias e revelando best-sellers que se tornam febre entre os jovens. Todavia, a maioria das adaptações terminam em fracasso e a franquia (se for uma série) vai pro ralo. Por que será que isso acontece? Existe alguma "fórmula" para o sucesso? Essas, certamente, são perguntas difíceis de se responder, mas, analisando alguns casos e parando pra pensar um pouco pude construir meu ponto de vista sobre o assunto.

Vamos começar observando um fato: a literatura e o cinema são dois universos bem diferentes. Uma obra literária, por exemplo, geralmente, é mais rica em detalhes e a história se desenvolve mais lentamente, quando comparada a um filme. Além disso, pode ser lida em vários dias, afinal, quando fica chato, o leitor pode muito bem fechar e deixar pra outra hora. Já o filme tem que ser mais dinâmico pois tem pouco tempo para conquistar quem está assistindo. E ninguém pausa e filme quando está chato e volta a ver depois. Ou seja, se um filme tem duração de duas horas, ele tem que ser interessante por duas horas! 


"Os olhos da Annabeth são cinzas, não azuis!!"
Aquela idealização de muitos fãs de uma adaptação 100% fiel é utopia. Livros têm suas partes lentas, arrastadas, muitas vezes até chatas, que não  ficariam legais na tela do cinema e têm que ser cortadas/adaptadas. O que quero dizer é que a palavra "adaptação" deve ser levada ao pé da letra para um filme ter maiores chances de dar certo. Sim, contrariando aqueles fãs que querem cada diálogo, cada cena, cada página sendo reproduzidas nos seus mínimos detalhes, é importante que alterações sejam feitas. Se fosse assim, o roteiro do filme seria o próprio livro. Afinal de contas, o público "não leitor da obra" é grande, na maioria das vezes, maior que o público leitor (Harry Potter é excessão já que 9 de 10 pessoas já leram). Portanto, essa parcela do público não se importa com a semelhança livro-filme. Não adianta uma adaptação fiel, que agrade os leitores, mas deixe o resto do público na mão, por acabar sendo um filme chato. Claro, tudo tem que ser feito na medida senão pode ficar um ruim da mesma forma, afinal, se um livro se torna um best-seller, é porque sua história agradou. Dessa forma, a menos a essência (antagonistas/protagonistas, conflitos, clímax, desfecho, etc.) deveria permanecer.


No fim das contas, nunca haverá certeza se a adaptação será um sucesso ou um fracasso. Mas para que as possibilidades a sucesso sejam maiores, a adaptação tem que ser efetiva, ou seja, que a história do livro seja contada de outra forma: por meio de um filme.


Adaptações de livros juvenis são bem comuns e esse assunto desperta diversas opiniões. O Bruno Miranda do blog Minha Estante tem a dele:


"Se os livros fazem sucesso a ponto de chamar atenção suficiente para se produzir um filme, que custa milhões, é porque ele é muito bom! Por isso, prefiro quando eles seguem fielmente o enredo do livro em questão. Mas a gente sabe que isso, quase nunca acontece! Precisa se adaptar, retirar cenas, colocar outras... Mas creio que haja uma diferença entre o filme baseado e o adaptado. Não sei há essa diferença de verdade, mas vários livros baseados possuem apenas a "essência" da história e o resto tudo diferente. O que causa aquela discussão entre os que leram o livro e esperavam por uma recriação exata. Mas rola uma decepção ao você ler um livro maravilhoso, querer VER aquela cena marcante e chega lá a cena não entrou no filme. Mas como um todo, creio que devemos curtir o livro e o filme separadamente, afinal, como eu disse, nunca é exatamente igual. Um filme baseado em livro pode ser ruim, mas não por causa da má adaptação do livro!"


E aí, o que vocês acham disso?
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