segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

[RESENHA] Sally e a Princesa de Lata

Até o terceiro, os livros que compõem a série "Um mistério de Sally Lockhart" são repletos de mistério e investigação. Então eis que chega "Sally e a Princesa de Lata" com sua história clichê da menina pobre que se torna princesa. Tem sim um toque de mistério, mas seu ponto forte mesmo é a aventura e a ação.

Depois de muitos anos, Jim reencontra Adelaide, a garota desaparecida do primeiro livro. Agora ela está casada com um príncipe de um reino chamado Rakzavia, localizado no meio da Europa. Bem ao estilo Walt Disney, só que (bem) mais interessante. O reino está em um momento de grande fragilidade política pois suas terras estão sendo cobiçadas por duas grandes potências, e seus sucessores correm grande perigo. Jim, Adelaide e Becky, sua professora, partem para Razkavia a fim de proteger o trono e lá vivem grades aventuras.


A história é bem escrita, ágil e divertida. O enredo é farto de cenas de fugas e batalhas, que envolvem o leitor. Todo aquele mistério, que é o ponto forte da série, fica um pouco de lado, mas não é inexistente. Na história, existe uma conspiração para assassinar os sucessores de Razkavia e o mistério reside aí: quem estará por detrás dessas tentativas de assassinato? Porém, é um mistério bem menos intrigante (até porque parte das respostas o leitor já tem) e que é desvendado bem antes do clímax da obra.  Então, uma pergunta fica no ar: o livro é pior que os outros por essa "falta de mistério"? Os "enigmas" criados por Pullman e a maneira como eles se resolvem certamente foram os elementos que envolveram os leitores nos outros livros da série e os levaram até esse quarto volume. Portanto, "Sally e a Princesa de Lata" perde um pouco por esse lado, mas ganha por outro lado que é a aventura, que deixou o livro muito mais excitante.


Ok, mais ação, menos mistério... Mas e Sally? Quase nada. A personagem, suposta principal devido ao nome da série e do próprio livro, tem uma participação ínfima dando lugar a Jim Taylor e Adelaide, que têm o papel de protagonista. Reduzir a participação de Sally a dois ou três capítulos não foi boa ideia. Outra personagem de "O Tigre no Poço" muito interessante, que poderia ter sido aproveitado, foi o Sr. Goldberg. Mas o problema foi resolvido, pelo menos parcialmente, com personagens novas e interessantes como Becky, uma jovem "razkaviana", professora de alemão que se torna a melhor amiga de Adelaide, e até mesmo a própria Adelaide que, apesar de ter aparecido no primeiro livro, tem a sua personalidade revelada neste.


Enfim, "Sally e a Princesa de Lata" é uma bela salada de aventura, mistério e romance.  O livro foge do estilo dos anteriores, mas é o que mais se aproxima de "Fronteiras do Universo". Vale a pena, é uma boa leitura garantida!

2 comentários:

  1. Hmm muito boa sua resenha. Pretendo ler esse livro em breve. Abçs

    http://braunne.blogspot.com/

    :D

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    1. Comentário smile detectado! foto de perfil smile detectada! ironia detectada! kkk coincidência tmb...

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